“Vestir a roupa do Bruce Lee não faz de você um faixa preta”.
É dessa maneira que Mano Brown definiu alguns da nossa geração. Pessoal quer resultado rápido, mas poucos estão dispostos a treinar duro para alcançar os objetivos.
Hoje tudo parece fácil e rápido. Potencializado pelas redes sociais, estamos de olho em todos os movimentos. Só que não é assim que a banda toca.
Na internet, por exemplo, se você não é “famoso” pode comprar seguidores. Esse é o jeitinho. Está ao alcance de qualquer um, basta ter dinheiro. Mas e depois? Quem compra seguidores acha que está enganando quem?

Trabalhei com uma pessoa que fez isso. Ela não admitia, fugia do assunto, mas eu sei que ela comprou seguidores. Essas coisas a gente percebe quando entende do assunto.
Até entendo ela. Muitos profissionais estão sendo validados pela quantidade de seguidores que possuem. Na cabeça de muita gente, se você tem pouco seguidor é sinal que é um mau profissional.
Quando foi que criamos essas distorções? Não faz sentido nenhum pensar assim, mas é o que acontece.
Problema é que essa colega sabia que não tinha 50 mil pessoas acompanhando seu trabalho. 80% eram robôs indianos, chineses ou de qualquer outra parte do mundo. Vale a pena?
Se no início esse “jeitinho” ajuda, com o tempo ele destrói todas as possibilidades de construir algo mais consistente e elaborado.
Essa pessoa que usei como exemplo tem capacidade, talento e até currículo. Só que optou pelo caminho mais fácil. Escolheu um atalho.
Mano Brown está certo. No caso dela, trocou o kimono de luta por um jaleco branco. Não adianta querer enganar. Um faixa preta se constrói com dedicação e tempo.